Hurry Up!
Portugal's Leading Conference Book your Seat Now
Encontre aqui soluções, ideias, sugestões, respostas diferenciadoras a grandes desafios que inibem resultados, desempenho e produtividade na sua organização.
Vivemos uma nova era nas Vendas B2B, este fato já não é notícia. Mas com o esmorecer de um paradigma, dá-se inicio a outro.
Este novo paradigma advém do nosso Comprador.
O comprador moderno, mais digital e capacitado, tem acesso a mais informação sobre as soluções, alternativas e concorrentes existentes no seu mercado, bem como as opiniões dos seus pares sobre os mesmos.
Este comprador é mais cético que nunca: é mais difícil chegar a ele, conquistar a sua atenção e é necessário interagir com, e obter consenso entre mais intervenientes.
Mas imagine por um minuto como é viver nesse mundo: cheio de ruído, assoberbado por inúmeras opções, pesquisa e especialistas. O enorme volume de informação disponível, muitas vezes com mensagens contraditórias, está a dar origem a uma nova realidade chamada "buying analysis paralysis" (ou seja, uma paralisia na análise de compra).
É uma condição seriamente debilitante e os seus sintomas podem causar imensa frustração e efetivamente impactar a habilidade na tomada de decisões.
Um estudo de mercado pela Gartner por exemplo (reportado aqui num artigo na Harvard Business Review) mostra que 65% dos clientes entrevistados demora o tempo estimado para completar o processo de compra a preparar-se para falar com um fornecedor.
Esta dificuldade não está relacionada com as empresas vendedoras, é interna à organização do comprador, e não justifica a ineficiência dos profissionais comerciais em contactar novos prospects ou a falta de sucesso em agendar mais reuniões que potenciam novo negócio.
Mas continua a ser mais fácil dizer que o cliente simplesmente não está interessado no nosso produto, serviço ou solução.
Quando olhamos mais atentamente, estes comerciais iniciam o seu contacto com o objetivo de apresentar o seu produto ou enviar a sua brochura, forçando o seu prospect a questionar onde está o valor em dar o seu tempo. Quando falamos assim, o prospect ouve: "Estou a interromper o seu tempo para falar sobre o que é importante para mim, para no final do mês eu alcançar as minhas metas e ganhar a minha comissão."
No programa "Vendas e Prospeção com Impacto" que coordeno na NOVA SBE levamos esta abordagem a sério. É fascinante e gratificante trabalhar com profissionais que querem adaptar o seu mindset e abordagem para o 'valor' que podem oferecer ao seu cliente. Isto porque, resulta.
Nos exercícios do programa verificamos indiscutívelmente o quão entranhada está a orientação para o "eu" em vez do "cliente", mesmo sem o comercial se aperceber. Vender não é algo que despejamos em alguém mas sim um conjunto de ações que valorizam o tempo do nosso prospect, com a atenção consistente em melhorar a sua vida/negócio.
Vamos ser ainda mais honestos. Ter 5, 10, 20 anos de experiência nas vendas hoje em dia pode indicar na realidade 1 ano de experiência a fazer a mesma coisa 5, 10, 20 vezes.
Dito isto não é somente o vendedor, como indivíduo, que vende. Esta tarefa cabe a toda a organização. É aqui que as coisas começam a complicar.
No passado o vendedor tinha uma grande vantagem e desvantagem: a vantagem de trabalhar tão proximamente com o seu cliente que o conhecia muito bem. A desvantagem era que, para a organização, era difícil reunir toda esta informação da força comercial e depois disseminar através de variados canais a todos os intervenientes necessários.
As empresas mais ágeis, flexíveis e eficazes à volta do mundo aprendem contínuamente a transformar toda esta informação em 'intelligent data' (informação que permite uma tomada de decisão eficaz), rapidamente acessível a todos.
Muitas empresas sentem que é suficiente 'atirar' alguma tecnologia aos seus comerciais e não se preocupam, ou acham difícil, alinhar essas ferramentas à cultura e à infraestrutura que existe na sua organização. O 'elo perdido' é a falta de implementação de disciplina e consistência no comportamento dos seus comerciais.
O processo por detrás das atividades de prospeção e venda e do uso da tecnologia é o que gera consistência. Mas selecionar um processo comercial eficaz e eficiente, alinhá-lo à estratégia da empresa (de forma a reforçar a sua cultura e a proteger o seu cliente), uniformizá-lo, treinar todos envolvidos, e torná-lo num sistema repetitível e consistente, é um desafio monumental para qualquer equipa de liderança.
Para a organização se transformar em uma força tática de vendas de sucesso, quanto mais eficaz e conectada estiverem a disciplina e a estrutura implementadas, melhor os resultados. Desta forma a organização desenvolve e transforma os seus B-Sellers (comerciais médios) em A-Sellers (os rockstars), mas também serve melhor os seus clientes e gera mais resultados, mais consistentemente.
Vender é sem dúvida uma arte e uma ciência. A arte de inspirar e ajudar o seu cliente a tomar uma decisão para a qual só você tem a solução diferenciada e de valor.
A ciência de otimizar os seus resultados através da consistência no comportamento dos seus vendedores.Há muito que desfrutar quando deixamos de viver no mundo do "eu" e abraçamos a "Era do Cliente".
A venda torna-se um consequência natural do valor que criamos durante a nossa interacção com o comprador e não a interacção em si.
"I thrive on obstacles. If I'm told that it can't be done, then I push harder."- Issa Rae"
Fale connosco. Vença connosco.
Até lá, venda com valor.
02 Comments on this post
Henrique Santos
29th Apr 2021Tema muito bem desenvolvido.
Iara Penas
12th Jan 2021Não poderia ter escolhido melhor artigo para ler hoje.